De paixões não vivo,
De amores sou confesso
E em ciúme não habito.
Efémeras são as paixões
Por intensas de viver
E fáceis de morrer.
No presente já são recordações,
Consumidoras de corações
E formas impossíveis de manter.
Aos amores me dou com tudo
Pois esses são duradoiros
Resistem a cadilhos vindoiros
E são fruto de aturado estudo.
Não recordo porque ficam fundo
Terminados os arremedos caloiros.
No ciúme não fico alojado
Porque de amor não é caseiro.
Será de muitos patrão e primeiro
Mas não passa de sentimento adoentado
Natural da condição de apaixonado
E de coração que nunca será guerreiro.
De paixões não vivo,
De amores sou confesso
E em ciúme não habito.
Valdevinoxis
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