Hoje me bateu uma enorme saudade de alguém, história que eu vou contar-lhes agora, pode parecer uma daquelas historias de reflexão, mas não é, aconteceu comigo, como também foi escrita por mim.
Quando eu tinha mais ou menos uns 10 anos, comprei em uma banca, uma daquelas revistinha da W.I.T.C.H., e nesta veio de brinde 2 colarzinhos, cada um com um pingente diferente. Não era digamos que, um colar maravilhoso, muito menos de boa qualidade; era um cordãozinho preto com um pingentinho prata na ponta.
Eu dei um para uma amiga. Mas não era nem a que eu mais gostava, porque eu e ela estávamos brigadas. Eu e L., a amiga que eu dei o cordãozinho, passamos a usar ele todos os dias, não tirávamos para absolutamente nada. E dia a pós dia fomos ficando cada vez mais próximas, cada vez mais amigas. Chegou um dia que viramos mais do que melhores amigas, viramos irmãs de consideração, e a nossa a amizade uma pela outra foi aumentando cada vez mais, como num passe de mágica.
Até que, no final do ano, o meu pingentinho quebra. E por ironia do destino, fomos perdendo o contato, fomos estudar em escolas diferentes, em cidades diferentes; ainda conversávamos pela internet, mas o contato foi ficando cada vez mais escasso, até que um dia ele acabou, e junto se foi a melhor amiga que eu já tive na minha vida.
Às vezes tenho notícias da L., e o meu coração aperta, com saudades daqueles dias que nada mais importava. Já aconteceu de nos encontrarmos em festas, mas o diálogo não passa de um oi, e de um abraço.
Hoje ela tem seus amigos e eu, os meus. Ela mudou muito e eu, também. Não estou dizendo que qualquer colarzinho que vc dê para alguém os fará melhores amigos, mas aquele colarzinho sim, este me deu a melhor amiga que eu já tive como também a tirou de mim.
Se o colar era mágico, eu não sei, mas a mágica se foi quando o pingente quebrou.
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