quinta-feira, 12 de maio de 2011

“Tinha um jeito singular de fechar os olhos

quando experimentava emoção bonita,

coisa de segundos e coisa imensa.

Era como se os olhos quisessem

segurar a lindeza do instante um bocadinho,

o suficiente para levá-lo até o lugar

onde o seu sabor nunca mais

poderia ser perdido.

Eu via, olhos do coração abertos,

e nunca mais perdi de vista o sabor desse detalhe.

Porque quem ama vê miudezas com olhar

suficiente pra nunca mais se perderem.

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